sábado, 19 de dezembro de 2009

"Noites de Insonias"

Entre o fim de ontem e o começo de hoje
um Sol se pôs e outro não nasceu…
Estou perdido na penumbra
sem esperança de me encontrar.

Malditos aqueles que não se fizeram como o do Restelo
e me deixaram explorar.
Deixo-me ir na noite
sem esperança de me encontrar.

Porque és ontem o esquecer de amanha,
sendo ainda amanhã o Sol posto hoje…
Levo comigo a lembrança do impossível
e a impossibilidade de amanhecer amanhã.

Não cresci de novo,
adormeci eternamente,
para que o tempo errante
passe e me deixe amanhecer amanhã.

Adormeci ao perfume inebriante da Noite,
doce, deixou-me entorpecido,
cheiro melodioso para embalar…
Desejo apenas o amanhecer tardar.

Tomo o escasso momento
para que não me escape do brilho do olhar
deixo-me embalar
para na Noite nunca mais acordar.

1 comentário: